3.12.01

Já tem mais de dez anos que eu leio a Capricho - primeiro as das amigas, depois da minha irmã, hoje da assinatura que ninguém lembra de cancelar. Há alguns anos tenho notado uma queda de qualidade, mas como não sou eu quem paga, não ligo muito que a revista tenha se tornado uma mistura de Contigo com Nova (com direito à esquizofrenia no julgamento das atitudes masculinas e femininas).

Uma coisa me chamou a atenção na última edição (e não foi a "cobertura" do "namoro" do Supla e da Bárbara Paes na capa): um guia para escrever uma carta de amor sem ser piegas. Eu não sei qual é a faixa estária ideal da leitora da Capricho, mas imagino que elas devem ficar interessadas (ou "apaixonadas", como diria uma menina-capricho) por caras no limite do analfabetismo. A "carta" tem dois parágrafos.

Imagino que aquele modelinho vai ser seguido a exaustão, igualzinho aquele que os professores de redação tentam enfiar pela goela dos alunos nos cursinhos. Mesmo assim deve ser legal receber uma de qualquer jeito, a não ser que o anormal leia a revista.